Mariana qual João Garcia
É sabido que a pequena é uma medrosa. Tem medo de gatos, por muito pequenos que seja, tem pavor a palhaços, já teve medo de andar no baloiço (que deve ser das coisas que mais adora), tem medo de sei lá mais o quê... Uma das coisas de que ela também tinha medo era da sanita. Não sei se pela profundidade do buraco ou por ver a água das descargas a desaparecer. O que é certo é que tinha medo da sanita. O que nos trazia um problema. Uma das decisões que tínhamos tomado era de não a habituar ao uso do penico. O penico até era jeitoso e tudo: tinha sido emprestado pela madrinha e era um daqueles modelos a imitar um carro ou uma mota, até tinha um guiador. Só que, por razões não sei se de ordem higiénica ou de comodidade, optámos por não o usar. E começámos a motivá-la para a sanita. Bom.... foi uma tarefa hercúlea: a cachopa dizia claramente "Não. Tem medo". Nem com um redutor todo giro com motivos da Disney ela lá foi. Sim senhor o pato e o rato são muito bonitos, mas sentar que era bom..... nem pó. Fomos fazendo a coisa com calma, dizendo-lhe sempre que não fazia mal e que quando ela quisesse que pedisse. Claro que isto foi sendo repetido todos os dias, durante umas valentes semanas.No início desta semana fiz mais uma tentativa que, de início, teve o sucesso de sempre. Mas era notório que a pequena andava mais curiosa com a coisa. Lembrei-me então de me sentar na sanita e a colocar ao meu colo reforçando sempre a ideia de que a segurava e não a deixava cair. Depois disto a cachopa pediu para se sentar na sanita. Foi o sucesso absoluto! Sentou-se toda contente e 10 segundos depois já estava a pedir para "tirá mão" de modo a fazê-lo sózinha. E desceu e subiu com a ajuda do degrauzito toda contente. Foi uma festa! Claro que para este sucesso muito contribuiu o verdadeiro trono comprado no Imaginarium e que tornou a vista mais agradável. Agora falta a outra parte: avisar que tem vontade, baixar a fralda, etc, etc etc. Mas ela, qual João Garcia a escalar montanhas, lá vai escalando o seu percurso civilizacional. Seguramente.

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