quinta-feira, abril 20, 2006

Inquietações

Ando inquieto. É verdade.
Pela simples razão da miúda me andar a tirar do sério vezes demais.
Eu sei que ela só tem 21 meses, mas se há coisa com que eu tenho dificuldade em lidar desde sempre, é com a desobediência.
E a última semana foi complicada neste aspecto. Eu sei que o facto de estar de férias e a Gina também estar em casa deu azo a que a cachopa se esticasse.
Só que a mostarda já me começou a chegar ao nariz e lá saíram uns berros...
Como é sabido a rapariga tem uma facilidade enorme em fazer com que uma divisão da casa pareça um cenário de guerra em escassos 5 minutos.
Até há umas semanas nós lá fomos aguentando. Só que agora já temos a firme certeza que ela compreende tudo o que lhe dizemos, pelo que começámos a exigir que ela arrume algumas coisas.
A questão é que ela faz..... conforme a sua disposição. Há alturas em que arruma logo, outras faz ouvidos de mercador e toca de desarrumar ainda mais. Aí, confesso, tenho dificuldade em me controlar. Acho que o dia da primeira tapona se aproxima a uma velocidade vertiginosa!
Enquanto esse dia não chega optámos por lhe aplicar uns castigos que a deixem perceber que fez mal: desde o desligar dos dvd´s da Carochinha até a obrigar a andar sem chupeta.
E isto são coisas que nos deixam sempre na corda bamba uma vez que por um lado não quero, de todo, ter uma filha que seja mal-educada, mas por outro é sempre difícil vê-la a chorar baba e ranho quando lhe damos um castigo.
Apesar de ser difícil penso que é assim que tem que ser, mesmo com o Brazelton a ser totalmente contra deixar chorar as crianças.
No entanto acho que aprender o que se deve ou não fazer é sempre um processo de crescimento e que, como qualquer um, implica dificuldades.
Mas são essas que nos fazem perceber o que vale ou não a pena e nos preparam para a vida.
Os castigos que damos à Mariana são dados com uma certeza: ninguém a ama como nós. Espero que ela saiba sempre disso