quinta-feira, abril 13, 2006

O aumentar da prole

Confesso: este sempre foi um assunto delicado no nosso casamento.
Pela simples razão de que nunca chegámos a um acordo. Eu queria só um filho. Ela no mínimo dois.
E assim andámos a esgrimir os nossos argumentos sem nunca se chegar a nenhuma conclusão.
Eu sou filho único. E gosto de o ser. Nunca me lembro de ter pedido aos meus pais um irmão, ou de me ter sentido triste por não ter um.
Pelo contrário vejo muitas famílias com irmãos de costas voltadas, a azucrinarem a cabeça aos pais ou então, melhor ainda, a chatearem-se por essa coisa tão importante que são as partilhas.....
A juntar a tudo isto acrescia o meu sentido prático: a vida está cara e não vislumbro grandes melhoras.
O turning point ocorreu quando me puseram uma filha nos braços a primeira vez. Não estava à espera de sentir uma algria tão genuína e tão intensa. Diz-se que o dia em que os filhos nascem são os mais felizes da nossa vida. Sempre mantive alguma desconfiança face a estas opiniões, mas hoje posso dizer que concordo em absoluto.
Qaundo a Mariana nasceu tive uma amiga que disse que nunca me tinha visto assim e estava convencida que por mim ia até aos três filhos. Não sei como é que ela adivinhou, mas foi algo que me passou pela cabeça enquanto observava aquele pequeno ser nos meus braços. Imaginem o meu estado de puro desvario (que asseguro já passou).
Com o passar dos tempos fui calmamente resgressando à minha ideia.
No entanto as maravilhas que a Mariana me tem mostrado, bem como algumas conversas interessantes com a Gina e alguma introspecção fizeram-me decidir avançar para mais um filho.
A decisão foi mantida unicamente dentro da esfera do casal. Eu era tão ciclicamente atacado por toda a gente por só querer um filho que não iria dar o gostinho de me chagarem o juízo mais tempo do que o estritamente necessário.
Mesmo os avós só souberam no dia em que tivemos o teste de gravidez positivo. Foi mais ou menos um choque para todos, mas agora já anda tudo babado.
A madrinha da Mariana soube à noite por sms e ia-nos matando.
Nesta altura posso dizer sem rebuço que o principal factor que me convenceu a avançar foi: a Mariana