Carta Aberta ao Pai Natal
Caro Pai Natal,
De hoje a um mês é Natal.
Partindo dessa premissa tomei a liberdade de lhe dirigir esta carta.
Como já deve ter reparado iniciei-a com “Caro pai Natal” e não com “Querido Pai Natal”, ou seja estou certo que esta carta começa de forma bem diferente dos outros milhões de cartas que deve começar a receber por esta altura.
Espero que esse seja sinal mais que suficiente para que perceba que o assunto é sério.
E não, não estou louco. Eu sei que já não lhe escrevia há muitos anos, mas é que andaram tanto tempo a dizer-me que não existia que acreditei.
Só que agora com o nascimento dos meus pequenitos você voltou em força.
Afinal, fui enganado durante muitos anos. Adiante…
O que lhe quero dizer de forma muito veemente é o seguinte: você desilude-me!
Desilude-me porque no fundo você é um bocado como o Emplastro.
Aparece assim sem ninguém saber como e de repente não deixa ver mais ninguém.
É evidente que eu estou a falar do menino que faz anos a 25 de Dezembro.
Diga-me lá: conhece algum miúdo que no seu aniversário tenha ajuda de alguém e esse alguém de repente se torne mais importante que o aniversariante, ficando este contente?
Eu não conheço nenhum. Aliás até conheço uns poucos que eram capazes de resolver o assunto à biqueirada e ao bofetão.
Mas não, o menino Jesus lá o vai aguentando ano após ano.
Estou a exagerar? Acha?
Olhe, este ano já enjoei anúncios de Natal na Tv. Sabe em quantos vi o aniversariante? Adivinhe lá… em nenhum, nicles, zeróide, népia, niente, 0.
Em quantos o vi a si? Resmas, paletes, sei lá…
No ano passado cheguei mesmo a exprimir a minha repulsa por um livro de Natal onde você aparecia 12 vezes e o Menino uma só.
É que no início eu até gostei de si: um velhote que distribuía presentes e tal.
Só que depois descobri que afinal a sua versão actual surgiu de uma gigantesca onda publicitária de uma marca de colas (bebidas), que até lhe mudou a cor do seu fato original.
É claro que nós pais também temos a nossa culpa nisto. E não é nada pequena, não senhor.
Levados nesta onda de consumismo, da falta de tempo e mais não sei quê aceitamos muito mais facilmente contar aos nossos filhos a versão do velhote que vem dar prendas só porque sim, do que contar a história do Menino que nasceu para nos salvar e dizer-lhes que o Natal celebra o seu aniversário.
Simplesmente porque a história desse Menino pode fazer com que os nossos pequenos nos perguntem por uma série de valores e atitudes que, se calhar, nós só nos lembramos que existem quando consultamos um dicionário (o que, como se sabe, hoje em dia é muitíssimo comum).
Eu por mim já decidi: você, quando muito, será um pequeno ajudante do Menino Jesus em cada Natal.
Sei que será uma batalha perdida à partida, mas não me importo.
Olhe já agora, quanto ao Menino, se o vir antes deste Natal diga-lhe duas coisas por mim: Obrigado e Parabéns.
De hoje a um mês é Natal.
Partindo dessa premissa tomei a liberdade de lhe dirigir esta carta.
Como já deve ter reparado iniciei-a com “Caro pai Natal” e não com “Querido Pai Natal”, ou seja estou certo que esta carta começa de forma bem diferente dos outros milhões de cartas que deve começar a receber por esta altura.
Espero que esse seja sinal mais que suficiente para que perceba que o assunto é sério.
E não, não estou louco. Eu sei que já não lhe escrevia há muitos anos, mas é que andaram tanto tempo a dizer-me que não existia que acreditei.
Só que agora com o nascimento dos meus pequenitos você voltou em força.
Afinal, fui enganado durante muitos anos. Adiante…
O que lhe quero dizer de forma muito veemente é o seguinte: você desilude-me!
Desilude-me porque no fundo você é um bocado como o Emplastro.
Aparece assim sem ninguém saber como e de repente não deixa ver mais ninguém.
É evidente que eu estou a falar do menino que faz anos a 25 de Dezembro.
Diga-me lá: conhece algum miúdo que no seu aniversário tenha ajuda de alguém e esse alguém de repente se torne mais importante que o aniversariante, ficando este contente?
Eu não conheço nenhum. Aliás até conheço uns poucos que eram capazes de resolver o assunto à biqueirada e ao bofetão.
Mas não, o menino Jesus lá o vai aguentando ano após ano.
Estou a exagerar? Acha?
Olhe, este ano já enjoei anúncios de Natal na Tv. Sabe em quantos vi o aniversariante? Adivinhe lá… em nenhum, nicles, zeróide, népia, niente, 0.
Em quantos o vi a si? Resmas, paletes, sei lá…
No ano passado cheguei mesmo a exprimir a minha repulsa por um livro de Natal onde você aparecia 12 vezes e o Menino uma só.
É que no início eu até gostei de si: um velhote que distribuía presentes e tal.
Só que depois descobri que afinal a sua versão actual surgiu de uma gigantesca onda publicitária de uma marca de colas (bebidas), que até lhe mudou a cor do seu fato original.
É claro que nós pais também temos a nossa culpa nisto. E não é nada pequena, não senhor.
Levados nesta onda de consumismo, da falta de tempo e mais não sei quê aceitamos muito mais facilmente contar aos nossos filhos a versão do velhote que vem dar prendas só porque sim, do que contar a história do Menino que nasceu para nos salvar e dizer-lhes que o Natal celebra o seu aniversário.
Simplesmente porque a história desse Menino pode fazer com que os nossos pequenos nos perguntem por uma série de valores e atitudes que, se calhar, nós só nos lembramos que existem quando consultamos um dicionário (o que, como se sabe, hoje em dia é muitíssimo comum).
Eu por mim já decidi: você, quando muito, será um pequeno ajudante do Menino Jesus em cada Natal.
Sei que será uma batalha perdida à partida, mas não me importo.
Olhe já agora, quanto ao Menino, se o vir antes deste Natal diga-lhe duas coisas por mim: Obrigado e Parabéns.
15 Comments:
eh eh eh
Pode ser que com tantos pedidos de ajuda dos pais, não apareça por aí uma Pai Natal só para pais??
eh eh
Bom fim de semana
:)
Meu bom amigo:
Um abraço que se não diz por se não ser capaz...
Emocionas-te com este post…
Parabéns… e muitos parabéns pelo teu nascimento(natal).
É preciso defender o Natal, não deixar morrer o Natal, aquecer o coração no Natal, aprender a lição do Natal… o Verdadeiro Natal. O Natal de Cristo! É preciso…
Ele é o meu Natal, o teu, o dos teus… o de todos, mesmo que o não queiram… porque todos precisamos do Natal, do verdadeiro.
Obrigado.
Concordo plenamente com a tua (sua)reflexão...
beijinhos e bom fim de semana.
Sara a Princesa
Não podia concordar mais contigo!
Eu sempre acreditei que era o Menino que trazia as prendas! Só conheci a versão do velho das barbas bem mais tarde!
:)
Bom domingo e boa semana!
Bjs
Brilhante!
De ano para ano,o Natal tem perdido o seu verdadeiro significado. E eu, que gosto tanto desta época do ano!
=/
O verdadeiro motivo da comemoração do Natal anda muito esquecido... Cá por casa não dispensamos o presépio e as histórias do menino Jesus.
sabes uma coisa engraçada? A minha afilhada, luz dos meus olhos, tem medo do pai natal, mas adora o menino jesus... para ela o pai natal é um pesadelo e as prendas sao tds do menino, ou como ela diz do «xexum»!
Concordo perfeitamente...e tenho muita pena que O natal seja assim confundido. E o trabalho de nós pais, hoje em dia tem que ser muito mais arduo para os fazer acreditar o que é o Natal verdadeiramente.
BJs
Adoreiiiii lêr!! :)
E.. concordo plenamente...
Natal é aniversário de Jesus..sem dúvida!!!
adorei este post!!
as pessoas deixam se levar tanto plo consumismo q se esquecem da verdadeira razão do Natal... esquecem se do aniversariante.!!
E, já reparaste que daqui a pouco estamos a enfeitar a casa e a comprar presentes em Outubro? Ou antes ainda...
O Natal deixou de ser em Dezembro. Acho que queremos seguir à letra o ditado "o Natal é quando um Homem quer". Só que, infelizmente, nos esquecemos do verdadeiro significado do Natal...
Marília
Como sabes, o Pai Natal "vende" mais do que o menino Jesus...
Os valores perdem-se, as tradições mudam, etc.
Cabe-nos a nós Pais, fazer com que isso mude, pelo menos em nossa casa.
Bjinhos
Quando eu era pequenina quem trazia os presentes era o Menino- Jesus e não o Pai Natal. E trazia apenas um brinquedo e uma caixa de chocolates. Agora o pai Natal quase que precisa de um comboio para trazer os presentes de uma só criança.
Agora que eu começava a acreditar que o pai Natal existe, vens tu e dizes que afinal as prendas não são dele?..oh balhamedeus..volta tudo ao principio!(só me confundes!!)
Lamentavelmente comercializou-se o espirito do Natal, temos que o reinventar de novo..
Um abraço
Tooooma lá esta, ó bochechas!!!
Isto sim foi um KO Técnico, paibabado! Mais impactante ainda do que aquele que a tua petiz te impôs há uns tempos atrás...
IIIiiihhhhhhaaaaaaaaaaa!!!
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