quarta-feira, março 19, 2008

Fintas do destino

Na semana passada os dois pequenos andaram queixosos, rabugentos. Ela na 3ª feira com queixas de dores num ouvido, molita e sub-febril. No dia seguinte melhorou mas, ainda assim, andou uns dias meia abananada.
Ele começou umas queixas na 4ª feira de madrugada, com uma noite muito agitada. Ao meio dia estava com febre de 38ºC. Demos-lhe um antipirético e fomos controlando a coisa, tal como é dito "nos livros". Durante mais dois dias a coisa foi-se mantendo ora com melhoras, ora com pioras.
Para tornar a situação mais difícil de gerir tive durante todo o fim de semana uma reunião em que a minha presença era importante. Estive até à última a ver se era de ir ou se ficava em casa. A minha mulher assegurou a coisa e lá fui, embora mantendo sempre um contacto regular via telemóvel para me ir inteirando da situação do cachopo.
No domingo (dia limite para ir ou não ao médico, pois passava os 3 dias completos com febre) as notícias eram animadoras: a noite tinha sido melhor e ele dava sinais de maior vitalidade.
Tudo correu bem até à noite... já depois de eu ter (finalmente) chegado a casa o rapaz iniciou um quadro de queixas e prostração. Avaliada temperatura - 39,4ºC. Fomos para o hospital à Urgência, com a secreta esperança de ser confirmada uma qualquer virose. Visto pelo médico, auscultado, foi fazer Rx. Diagnóstico: Pneumonia!... "Jeitosa", de acordo com o médico, obrigava a internamento para fazer terapêutica intravenosa. E nesse momento o mundo quase desabou: fomos acometidos de um brutal sentimento de culpa por não termos ido mais cedo com ele ao hospital. Os nossos conhecimentos como que nos tinham "traído". Apesar de (honra lhe seja feita) o médico ter referido que ninguém tinha culpa da situação e que nós tínhamos feito exactamente aquilo que eles recomendam a toda a gente... a sensação de culpa ficou. Voltei de imediato para casa, para poder cuidar da pequena da melhor forma possível, agora que a mãe e o irmão não estariam.
Assumo que aquela viagem de volta a casa foi terrivelmente sofrida. Fiquei com a sensação de que, naquela altura, ser pai era a "profissão" mais solitária do mundo.
Felizmente só lá estiveram uma noite: ele reagiu muito bem à antibioterapia e regressou logo a casa onde, apesar de manter picos febris, já dá mostras da sua recuperação.
É aguardar...

3 Comments:

Blogger ddm said...

Desde que fui mãe que sinto o coração sempre nas mãos, uma alegria enorme
misturada com medos e ansiedade...

Felizmente fui um susto que passou, continuação de melhoras.
Beijinhos para os 4!

19/3/08 15:46  
Blogger Daniela said...

Aconteceu-me exactamente o mesmo quando a Pipoca tinha uma ano!
Depois disso, mal ela tinha um picozinho de febre estava a telefonar para a pediatra... entretanto serenei.
As melhoras.

19/3/08 16:47  
Blogger anaaaatchim! said...

Espero que o cachopo esteja melhor! E espero - ingenuamente - nunca passar por uma dessas :(
(eu sei, estamos mal habituados... apesar de ter nascido prematura, a única coisa que a Mafalda teve até hoje foi um xisqunho de febre aquando o nascimento do 1º dente...)

19/3/08 18:14  

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