terça-feira, janeiro 29, 2008

Timings, lições...

No duche após uma sessão das aulas de natação:
- Hihihihihihihi! ESTÁ-TE A SAIR XI-XI PELA PILA!
- Não é nada xi-xi. É água do chuveiro!
- NÃO É NADA, É XI-XI! OLHA, NUNCA MAIS PÁRA?
- POR ISSO MESMO É QUE É ÁGUA DO CHUVEIRO. SE FOSSE XI-XI JÁ TINHA PARADO!!!
- NÃO É NADA, É XI-XI. Hihihihihihi!

E foi graças a este pequeno episódio que o Senhor mais uma vez me deu uma enorme lição de humildade perante o poder avassalador que uma criança tem. Essa lição foi por mim totalmente compreendida quando cheguei à zona dos cacifos e tive que enfrentar os outros pais presentes com uma cara de "não-senhor-eu-não-sou-dos-que-faço-xi-xi-nos-chuveiros-apesar-
de-a-minha-filha-o-ter-anunciado-em-ALTOS-BERROS-PARA-
QUEM-QUISESSE-OUVIR"

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Cepa de qualidade

Confesso que os meus filhos me dão uma alegria absolutamente incomparável.
No entanto são, inevitavelmente, um mundo de preocupações. E se desde cedo toda a gente me avisou que a miúda me ia dar muitos problemas, então com o rapaz às vezes a vontade é de pegar nele e apresentar uma reclamação ao Criador.
O jeitoso tem um feitio absolutamente tramado (as más línguas dizem que sai ao pai, mas eu duvido): adora pôr coisas abaixo, enfiar as mais diversas matérias na banheira (tenha ou não água lá dentro), apaga luzes em série (o que quando se está no wc pode não ser muito agradável), vira gavetas e armários do avesso (não importa quanto se berre com ele para não o fazer) e, la pièce de resistance, quando é repreendido "amarra o burro", faz beicinho e deita-se no chão a bater com os pés e a chorar baba e ranho como se fosse a mais infeliz criatura à face da Terra.
Como tal, e tendo em conta que já levo 3 anos de experiência, acho que já devia haver poucas coisas que me surpreendam, mas... não! Eles conseguem sempre superar-se! Então ele revela-se a cada dia que passa uma bela peça...
Um exemplo aconteceu há dias: não sei por que carga de água ele desenvolveu um estranho gosto em usar só uma peça de calçado. Ou o esquerdo ou o direito, mas raramente anda calçado com um par completo. Sucede que me apareceu com uma só pantufa. Perguntei-lhe onde estava a outra e ele na sua linguagem (grunhidos e sons afins) começa a apontar para a máquina de lavar a loiça. Não liguei nenhuma, uma vez que a máquina estava a funcionar e ele tem uma enorme atracção pelos botões que ela tem. E isto uma, duas, três vezes. Fartei-me e passei um bom bocado da tarde à procura da bendita pantufa.
A pantufa apareceu à noite... quando tirei a loiça da máquina de lavar! Estava debaixo de um tacho grande. Ou seja ele conseguiu enfiar lá a pantufa no intervalo de eu colocar duas peças de loiça a lavar.
Foi mesmo um caso em que a "mão foi mais rápida que o olho". Tenho aqui um Houdini ou um Luís de Matos em versão pequena. (suspiro)

Cheguem-se à frente

Aqui há dias fui buscar a pequena à pré. Como acontece muitas vezes levei o pequenito comigo. Lá chegados ele tratou logo de se ambientar e desatou a entrar e a sair de uma casita em miniatura que por lá existe.
Na hora em que eu já tinha a miúda pronta e ele continuava entusiasmado na sua brincadeira a auxiliar perguntou-lhe:
- Olha lá, o teu mano pode cá ficar?
Ao que ela respondeu:
- Não pequenino, anda embora que tu és nosso!
É claro que fiquei muito contente por esta demonstração de amor fraternal...
Mas a coisa não terminou aqui. Esta semana houve o episódio final da coisa quando a mesma auxiliar lhe perguntou:
- Posso dizer que o teu irmão é nosso?
E ela:
- Não! O mano não é teu. Ele nasceu da barriga da mamã e eu nasci da barriga do papá!

Como!?!?!?!?!? E nem adiantou a mãe refutar a tese com base nos argumentos da capacidade de aleitamento. Ela estava firme naquela ideia.
Dizem que as crianças não mentem, certo? Se assim é anuncio ao mundo que estou disponível para ser estudado... mediante uns honorários principescos, obviamente!
Quem quiser descobrir mais sobre incrível natureza humana é favor chegar-se à frente.

terça-feira, janeiro 08, 2008

Recordações do Natal

O Natal deste ano teve sem dúvida algumas coisas especiais!
Sobretudo porque a pequena viveu pela primeira vez em pleno a magia do Natal: as prendas, o Pai Natal, o presépio, a festa de Natal da pré...
A propósito desta, não me esqueço da expressão de verdadeiro pânico dela quando entrou na sala onde iam actuar e deu de caras com aquela gente toda à espera. Ela não estava mesmo nada à espera e a educadora teve que lhe dar uma ajudinha (teve que a empurrar, literalmente). Depois quando nos viu lá sorriu e acalmou. Fartou-se de cantar e no final nunca se esquecia de fazer a respectiva vénia.
A manhã de Natal foi gira: primeiro levei-a até à nossa cama (ela estava convencida que ainda era noite). Mas por pouco tempo... passado um bocado perguntou-me:
- Podemos ir ver se o Pai Natal já trouxe as prendas?
- Sim, mas vamos só esperar que o mano e a mamã se levantem para irmos todos juntos.
Acho que a partir do sim ela já não ouviu mais nada e até fiquei com a sensação de haver um cheiro a borracha queimada pelo ar. Ainda eu ia no corredor já ela estava aos berros:
- Tanta prenda!
Depois foi um regabofe de rasgar embrulhos, caixas e fitas. Isto por ela que o pequeno estava mais interessado em que se ligasse a tv.
Lá recebeu a Barbie com asas de borboleta que ela tanto queria! Ficou feliz! Recebeu ainda outras bonecas em casa dos avós e sem dúvida foram as prendas que mais gostou.
Refiro ainda uma espectacular colecção de livros do Winnie The Pooh do Clube Disney, que têm sido a nossa leitura antes de dormir.
Venha o próximo Natal para ter esta emoção já com o pequenito também em pleno.