terça-feira, fevereiro 27, 2007

Chupetas - o momento presente

Nestes últimos dias andamos em mãos com uma tarefa verdadeiramente hercúlea: diminuir, na medida do possível, o uso da chupeta por parte da pequena.
Isto é sempre um assunto delicado e passível de diversas abordagens.
Já li artigos que referem que a chupeta não interfere minimamente com a dentição definitiva.
Já falei com outros pais que têm a sensação que sim senhor, entortou os dentes da pequenada.
O que é certo é que já notávamos um certo arqueamento dos dentes incisivos da cachopa.
Para além disso havia o problema da chupeta nunca sair daquela boca, nem mesmo para falar. Nós já estávamos habituados, mas as pessoas de fora tinham muitas dificuldades em percebê-la.
A coisa assustou-nos quando há tempos procurámos uma foto dela sem chupeta e... não encontrámos!
Então na semana passada ela quis ir fazer cocó à sanita (léria, porque na verdade só faz na fralda). Mas tudo bem sentei-a lá com o redutor. Ela saiu quando muito bem entendeu e depois, numa atitude muito comum a todos os bebés mas que tem o seu quê de intrigante, resolveu ir espreitar lá dentro. E... pumba! Chupeta lá dentro!!
Aproveitei logo para lhe dizer que a "pêpê tá estragada".
Ela resolveu a questão pedindo a "pêpê côr-de-rosa", que é uma mais pequena que ela usa só para dormir.
No dia seguinte ao sair de casa pediu para levar a chupeta. Disse-lhe que essa chupeta não dava para prender o fio e que, se a perdesse, acabavam as chupetas. Ela, a contragosto, lá acedeu a sair sem chupeta. E passou o dia bem, com uma pequena recaída ao pé do avô, mas facilmente ultrapassada.
E agora é neste ponto que estamos: só usa chupeta em casa, na rua não.
O único ponto que tem que ser afinado é o volume da voz.
É que ela continua a falar no mesmo volume que falava quando tinha um objecto enfiado na boca.
Mas como da última vez que vi os tampões de ouvidos estavam (bem) mais baratos que um aparelho de dentes... por mim tudo bem!

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Carnaval 2007

A pequena tem uma séria paixão pelo Piglet, dos filmes do Winnie the Pooh.
Vai daí, este Carnaval lembrei-me:
- Ó Mariana queres uma fantasia do Piglet para o Carnaval?
- Não, papá!
- Não?!
- Não, papá!
- Então queres uma fantasia de quê?
- Que(r)o uma de couves e cenou(r)a.

?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!?!

Apesar de não falhar um único dia acho que há episódios desta novela que é a mente da pequena que me passam completamente ao lado...(suspiro)

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Namoro, casamento e estatística

Aproxima-se o dia 14 de Fevereiro e, confesso, já andamos entusiasmados com a coisa.
Não só pelo dia em si, mas especialmente pela possibilidade de um jantar "civilizado", no qual a contribuição dos avós em guardarem a prole é inestimável.
Seguindo uma tradição muito nossa este ano calhou-me a mim tratar de escolher o local do jantar.
O ano passado a escolha dela foi esta e só posso dizer que foi tremendamente agradável.
A escolha deste ano já está feita e, embora mais em conta porque há mais uma boca a alimentar, espero que seja igualmente boa.
A propósito disto de namorados e casais e tal li há uns dias a anedota que dizia que a comida mais anti afrodisíaca do mundo é o bolo de casamento.
Não sei se concordo muito com isto.
É verdade que com o casamento (ou o juntar, partilhar, o que quer que o valha) há algumas coisas que mudam. Sem dúvida!
Por exemplo aquela sofreguidão de aproveitar qualquer aberta para uma coisa do tipo "vai ser bom, não foi?", passa.
E por um lado ainda bem. Podemos desfrutar e aprender a saborear momentos com mais tranquilidade e com muito, muito sabor.
No entanto há sempre que manter uma pitada de loucura! E aqui é que me parece ser o segredo da coisa: é que o casamento implica esforço, dedicação, paciência e outras que tais para que a chama não se apague e se mantenha bem viva.
Agora o que me parece que pode dar cabo do "afrodisiómetro" é a estatística!
A estatística é tramada.
Vejamos: nesta casa até há dois anos e sete meses atrás 90% das situações em que se ouviam suspiros, gemidos ou afins estavam associadas a situações agradáveis.
Actualmente 95% das vezes em que esses sons são produzidos dizem respeito a situações que de agradável têm muito pouco (fraldas sujas, fome, dor, mimo,...)
Se eu desse muita importância à estatística estava tramado!

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Como na tropa

Esta tarefa de ser pai é tremendamente desgastante.
Compensador também. Muito compensador, mesmo.
Mas o desgaste inerente à coisa é brutal. Quer seja de ordem física ou mesmo psicológica.
A atenção constante, o desafio que cada dia traz é sempre algo que deixa marcas quando esse dia acaba.
E há dias em que eu (que por um incrível golpe de sorte nem fui à tropa) me sinto um autêntico Marine...
Há dias atrás a pequenita decidiu andar a brincar com um relógio despertador que comprámos no Verão no Imaginarium. É um daqueles despertadores de desenho antigo com um som capaz de acordar um grandessíssimo dorminhoco.
Pedi-lhe para ela ir arrumar o relógio, pois o risco de o deixar cair era grande. Ela assim fez.
No final do dia lá fomos para a cama, a fim de termos o "descanso dos justos".
Eis quando às 0.45h, mesmo naquela altura em que se está tipo zombie, que irrompe pelos ares, qual trombeta do apocalipse, o som estridente daquele despertador.
A rapariga antes de o arrumar tinha activado o mecanismo de despertar, o que nos fez saltar da cama como duas molas.
Acho que deve ser mais ou menos isto que fazem na tropa nos chamados "exercícios de prontidão".
E o mais caricato de tudo: ela continuou a dormir ferradinha!

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Pérola de carinho

No passado sábado a pequena lá me convenceu a dar mais uma demonstração da minha (in)capacidade na arte da pintura.
A dada altura (e depois de mais um traço fora da área suposta) lá me lamentei:
- Bolas, eu a pintar sou mesmo mau!
Ela olhou para mim e disse:
- Tu não és mau, papá! És muito lindo, muito simpático e go(s)tas muito de mim.

Nota mental: nunca deixar que se acabe cá em casa o stock de lápis de cor e de livros de pintura.
(Mais pérolas)